" ...Con gratitudine conserva memoria di coloro che il Padre ha già chiamato nella sua Casa: alla divina misericordia affida la loro vita ed eleva suffragi..." (Cost. n.23)

Nato a San Marco La Catola (FG), il 22 agosto 1917
Entrato a Fasano il 6 gennaio 1946
Noviziato a Barza d’Ispra il 1o settembre 1947
Prima Professione a Barza d’Ispra l’11 novembre 1949
Professione Perpetua a Barza d’Ispra il 29 maggio 1953
Sacerdote a Milano il 19 dicembre 1953
Morto a Brasilia (Brasile) il 15 marzo 2018
Sepolto nel cimitero di Brasilia (Brasile)

 

Padre Armando Celestino Bredice, chamado na família tio Tino, é o único sacerdote guanelliano que chegou à venerável idade de 100 anos e sete meses. Os cientistas hoje dizem que uma vida longeva é somente 7% resultado da genética, mas a família de Pe. Armando continua sendo uma família longeva que, com certeza, tem sua origem numa feliz combinação genética: o primeiro irmão Emílio faleceu com 101 e sete meses, um outro irmão Michele faleceu com 106 anos, uma das irmãs, Assunta, ainda viva com 103 anos e a última irmã, Filomena, atualmente com 93 anos. No arquivo da história da Província Cruz del Sur encontra-se uma bonita síntese da vida e da história vocacional de Armando Celestino Bredice que deixo em língua castelhana: El Padre Armando Bredice nació el 22 de agosto de 1917 en la ciudad de San Marco La Cátola, en la región de Apulia, Italia. Durante la Segunda Guerra Mundial, participó como Teniente y comandó un grupo de tanques de choque, actuando en los campos de batalla de Verona, Brennero y Austria...pero en su alma aleteaba una voz que le llamaba a dejarlo todo para seguir a Cristo y luchar la batalla para ganar soldados de Cristo, aunque no encontraba el ejército donde enrolarse... Hasta que un día en Roma, entrando en la Basílica de San José, se encontró con el Padre Giuseppe Preatoni, quien le sugirió ir a la Ciudad de Fasano-Brindisi, a una Casa Guanelliana, donde tuvo la respuesta que buscaba e inició el camino hacia el sacerdocio: tenía 28 años, la Gracia de Dios, muchas ilusiones y un gran y ferviente deseo de servir a Dios en sus semejantes. Hace su Profesión Perpetua en Como, el 30 de mayo de 1953, y el 19 de diciembre de ese mismo año, recibe la Ordenación Sacerdotal del hoy día bienaventurado Beato Cardenal Ildefonso Schüster, en la Catedral de Milán. Fue la última ordenación sacerdotal realizada por el Beato. En Paraguay, fue solo un Teniente Cura de San Miguel y Profesor del Seminario de Areguá, pero en Brasil, fue Párroco de varias Parroquias y donde quiera que vaya, ha dejado para la posteridad, obras materiales y espirituales que constituyen un orgullo para la Obra Don Guanella. El Padre Armando Bredice estuvo solamente cinco años en el Paraguay, pero ese tiempo fue suficiente para que se sintiera paraguayo y llevara en su corazón católico-universal las inquietudes, las ilusiones y las esperanzas del pueblo paraguayo que amó y nunca olvidó. Las comunidades parroquiales de San Pablo y de Brasilia, le han rendido homenajes por sus 50 años de Sacerdocio y las Cámaras de Senadores y de Diputados de la Capital del Brasil, el día 20 de agosto de 2004, le hicieron entrega del Título de Ciudadano Honorario de Brasilia, distinción honorífica nunca antes dada a un sacerdote. Nuestra gratitud al Señor por enviarnos al Padre Armando Bredice...No ano 2007 quando festejou 90 anos na comunidade de Brasília estavam presentes três amigos do Paraguai, antigos paroquianos da Paróquia San Miguel. Pe. Armando chegou ao Brasil, vindo do Paraguai no ano 1958. Ele tinha um temperamento forte, decidido, com espírito de iniciativa, grande organizador, às vezes um pouco autoritário, aberto às amizades com membros da Igreja, cardeais, dom Paulo Evaristo Arns, que chamava Pe. Armando “mosquito elétrico”, dom Claudio Hummes, dom Odilo Pedro Scherer entre outros e bispos, como também políticos e governadores influentes seja da cidade de São Paulo que de Brasília. Amizades que serviam para o bem da Província Santa Cruz, presente com várias Obras em São Paulo e Brasília. Quando festejou 100 anos, estiveram presentes na solene celebração na paroquia Santa Terezinha de Brasília, dois cardeais: dom Odilo Pedro Scherer e dom Sergio da Rocha e outros três bispos entre os quais dom Protógenes José Luft, guanelliano. Os cardeais estavam decidindo quem ia presidir a celebração e ele escutou e disse: «o festejado sou eu e eu presido». A sua missão na Congregação foi praticamente uma missão pastoral, foi pároco em várias paroquias no Brasil desde ano 1965 a 2003, abrindo Obras Sociais, como ele as chamava, para crianças e adolescentes pobres. O que chama a atenção na pessoa do Pe. Armando foram algumas paixões que ele demostrou ao longo de sua vida como religioso, sacerdote e pároco guanelliano: um grande amor à catequese que influenciou sobretudo a paróquia Santa Terezinha de Brasília, organizou várias etapas de catequese, superando muito o número de 1000 catequizandos; assim também um grande amor ao sacramento da Eucaristia; quando chegou em Agua Boa - Mato Grosso, em 2003, insistiu e conseguiu que fosse organizada a capela da comunidade; um amor e devoção especial à Virgem Maria, sem esquecer o seu espirito de oração, ajoelhou-se na capela da comunidade de Brasília até os últimos anos de sua vida. Sabe-se que na vigília dos festejos dos 100 anos passou longo tempo de oração diante do Santíssimo. Nunca deixou de celebrar a Santa Missa, ao menos que estivesse doente. Foi incansável em atender às confissões até os últimos anos. Um grande amor e espirito de pertença à Congregação, fazia questão de participar à Assembleia anual da Província Santa Cruz, a última vez que participou foi no ano 2012 com 95 anos. Os coirmãos aproveitaram a oportunidade para festejar a data e ele presidiu a Missa e fez a homilia. Não é possível esquecer a sua devoção aos santos, o primeiro dos quais São Luís Guanella e em especial Padre Pio – foi coroinha dele, teve a alegria de confessar-se com ele e quando voltava a Itália para passar alguns dias de férias na sua cidade natal nunca faltou de visitar Padre Pio. O santo de Pietrelcina, segundo o seu testemunho, o ajudou a enfrentar e superar momentos difíceis de sua vida. Em 2003 com 87 anos aceitou, com alguma dificuldade, deixar a Paróquia de São Paulo para ir como superior local na paróquia Nossa Senhora Aparecida em Água Boa no Mato Grosso, onde ficou dois anos. Enfim os superiores aceitaram o seu desejo de ir para Brasília, onde, amados por todos, bispos, coirmãos, cooperadores guanellianos, paroquianos, sempre com mente lúcida, deixou esta terra para o céu.

Pe. CIRO ATTANASIO

Termino citando o importante testemunho do Pe. Antônio Viana que como superior local, junto com outros coirmãos, o acompanhou nos últimos anos de sua vida. Já com seus 97 anos feitos em 22-8-14 era admirável seu dinamismo em todas as semanas ir para a CNBB uma tarde inteira para atender Bispos, Padres e Funcionários daquela entidade.

Padre Armando era Conselheiro espiritual de uma Equipe de Nossa Senhora (movimento de Casais que visam intensificar uma espiritualidade conjugal) e esta Equipe não queria que ele deixasse de ser seu Sacerdote e assim foi até as vésperas de seus 99 anos, quando mover-se já o fazia com bastante dificuldade. Quando vinha à Brasília, o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, procurava sempre o Pe. Armando para que fosse atendido por ele. Outro aspecto admirável era a lucidez de Padre Armando que ficou claríssima até os seus 100 anos e seis meses. Fez sempre questão de celebrar a Eucaristia cotidiana e aos domingos queria concelebrar na igreja matriz, quando não mais podia ficar em pé, o fazia sentada na sua cadeira de rodas. E já depois dos 100 anos quando celebrar ou mesmo concelebrar ficou difícil pedia «não me deixem sem a Eucaristia». Em seguida pegava seu terço e rezava todo santo dia. Até os 99 anos Padre Armando participava em todas as iniciativas da Arquidiocese de Brasília, exceto as reuniões. E era impressionante o carinho que o povo de Brasília, não só do Cruzeiro Novo, tinha por ele. A devoção de Padre Armando por São Pio de Pieltrecina, segundo ele mesmo, era muito bela, e vem desde adolescente, quando, então, foi coroinha do Santo, e isso o fez conhecido em todo o Brasil. Foram muitas as vezes que pessoas de outros Estados do Brasil vindo à Brasília o procuravam aqui. E do Distrito Federal as visitas eram quase diárias. Sem falar das cartas que vez em quando recebia. Mas sem deixar de por menos aquela devoção a Maria Santíssima, «essa é a primeira e mais importante», dizia ele. Pe. Armando nos últimos três anos vinha perdendo a cada dia a audição, nem os aparelhos conseguiam fazê-lo escutar bem, contudo, todos os que pediam para confessar ou conversar com ele, jamais dizia não. E a audição não era impedimento nem para ele e nem para as pessoas, se precisasse falar ao “pé do ouvido” todos falavam sem qualquer dificuldade, para estas pessoas era suficiente serem abençoadas por ele. Padre Armando também escreveu um livro – O Último Canto do Cisne – prefaciado pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo Odilo Pedro Scherer em junho de 2013, na véspera de seus 96 anos. E importante ver como ele conclui sua obra: «Ó mulher tão forte oferto-me a ti, pois sou pobrezinho, necessito de ti mais do que qualquer coisa, preciso do teu colo e ali descansar, almejo por ti se choro ou se sorrio, escuta meu grito! Beija-me na fronte mãe querida e faz-me teu. Toma-me pela mão e ensina-me a sofrer, rezar e amar. Nos teus braços e no teu colo eu estou seguro, fico tranquilo até os dias em que eternamente irei ficar contigo, doce senhora da minha vida. Ave Maria! O livro tem como tema principal sua devoção a Maria Santíssima». Por fim, quando se fazia necessário uma internação, o Padre Armando conseguia cativar toda aquela ala do hospital, seja os funcionários como até alguns doentes em melhor condição de saúde. Possuía uma facilidade de fazer amizades.

Testemunho do Pe. ANTôNIO VIANA